2009-06-16

Arte, artistas, provocações, elites ou espertos a gozar com o “Zé Contribuinte”?

O meu maior choque de uma experiência artística  de que tenho memória deu-se no Bienal de Veneza. O problema prioritário daquele momento em Itália era a falta de energia eléctrica. Tinha havido um corte geral de energia. Políticos, opinionistas e moralistas não se cansavam de pedir para evitar o consumo de energia e não  deixar luzes acesas sem necessidade.

Neste clima geral de pânico colectivo pela falta e economia de energia entrei numa sala com as paredes todas cobertas de luzes acesas, frio quase como um frigorífico, quando fora estava um Sol quente e luminoso.

Quando vi que era de um artista português pensei que não estava ao corrente do que se passava em Itália ou a Portugal não tinha chegado a moda da ecologia.

Senti um comum amigo, Rui Cardoso Martins a defendê-lo e justificá-lo: "A mensagem daquela arte é mais importante da energia que gasta ... Um artista fez uma exposição artística com uma torneira a deitar água quando a falta de água era e é um problema ... Aquela provocação pode contribuir para economizar mais água, ..." 

Os contribuintes pagam para a cultura mostrar o contrário do que se deve fazer para bem de todos? Quando o bom senso de convivência civil diz que devemos economizar energia os artistas podem fazer o contrário com o dinheiro dos contribuintes? Os contribuintes devem economizar energia e pagar com seus impostos para esta cultura aliciar ao contrário, ao consumo desnecessário?

Rui Cardoso Martins publica segundo livro: "Deixem Passar O Homem Invisível", o cego a ver arte com os olhos de um "artista" muito particular

Mais em italiano:  arte, Italia-Portugal, (Portogallo), Antonio Tabucchi, Fernando Pessoa, Rui Cardoso Martins, libri, film, cultura e arte, (fff4f, g3m)

Sem comentários:

Enviar um comentário