2006-09-09

Anti-americanismo e jornalismo para a história da opinião pública
Bush admitiu as prisões secretas fora dos USA para interrogar menos de 100 terroristas, que permitiram evitar vários ataques terroristas, mas sem autorizar o uso de torturas. Estou convencido que as supostas torturas americanas de menos de 100 terroristas causaram mais escândalo nos últimos 3 anos em Itália e na maioria dos meios de informação “Ocidentais” do que milhões de torturas até à morte em regimes comunistas e islâmicos. Imagino que com melhores torturas e melhor uso da pena de morte por um torturado se podiam salvar de sofrimentos piores e da morte muitos inocentes. Não digo mais torturas ou mais pena de morte mas melhor aplicada: sempre condicional e sempre só se depois de confirmadas as culpas do sacrifício de inocentes não quisessem colaborar para indemnizar as vítimas e denunciar os cúmplices.
(Nota: este tema é hoje considerado tabu em Itália e escandaloso em Portugal como se pode ver nos coentários a: “Salvar milhões com algumas torturas a mais...?” Penso que um dia será considerado lógico ).
No Brasil o anti-amercanismo parece ser pior:
“Desde a década de 80 os brasileiros estão privados de informações, por exemplo, sobre tortura e mortes de prisioneiros em Cuba, sobre as contínuas fugas de funcionários importantes do regime cubano, sobre o envolvimento pessoal de Fidel Castro no tráfico de drogas etc. Estão privados de informações sobre os contínuos preparativos da China para uma guerra nuclear, sobre o apoio da Rússia e da China aos movimentos terroristas, sobre as novas e mais temíveis funções da KGB etc. Estão privados de informações até mesmo sobre a direita norte-americana, cujos atos e palavras só nos chegam na sua versão monstruosamente distorcida fabricada pelos Clintons et caterva. Estão privados de informações sobre praticamente tudo o que os historiadores descobriram, ao longo de mais de uma década, em pesquisas nos arquivos de Moscou. A simples enumeração desses temas ausentes na nossa imprensa já basta para provar: na grande mídia brasileira não existe jornalismo nenhum. Existe apenas manipulação a serviço da esquerda.” - http://www.midiasemmascara.org
Em certos meios de informação preferem aliar-se aos piores ditadores e terroristas para combater os americanos:
Kosovo, Milosevic, guerra e paz: superioridade intelectual, ética, moral e filosófica americana
Milosevic, paz, pacifistas de Che Guevara, informação e vergonha
Violência, liberdade e estupidez ou ignorância da juventude?
Em 1968 alguns jovens de Paris e Roma ficaram famosos pela violência, estupidez ou ignorância de queimarem os carros dos pais gritando liberdade com as bandeiras Estaline.
Vi na TV de Itália um velho contar como passou 10 anos na prisão de Estaline porque o tanque que guiava avariou e foi acusado de sabotar os bens do povo. Outro porque roubou um pedaço de pão para comer.
Imagino que esses jovens de 68 com as bandeiras de Estaline eram tão estúpidos ou ignorantes como outros de hoje a proibirem a coca-cola numa universidade de Roma com o pretexto de não financiarem o imperialismo americano para a substituírem outra bebida idêntica que financia o terrorismo islâmico.
No G8 de Génova muitos violentos, estúpidos ou ignorantes cheios de boas intenções causaram 50 milhões de donos em destruições, mais 150 milhões de custos de segurança, (para evitarem piores danos). Conseguiram mais publicidade à estúpida violência do que aos nobres ideais. A melhor mensagem dos mais inteligentes: “um outro mundo é possível”. Com certeza, com o diálogo, inteligência e criatividade dos melhores representantes das melhores democracias e não com estúpidos ou ignorantes que não só não fazem, nem deixam fazer e impedem a reunião de quem quer fazer.
Em 2005 os jovens semi-africano-franceses queimaram milhares de carros, e escolas, destruíram bens públicos incalculáveis para dizerem que têm 5 vezes menos possibilidades de emprego dos outros jovens “mais franceses”.
Em 2006 os mais violentos jovens de França destruíram escolas e aliaram-se aos sindicatos para impor aos governantes as leis que eles consideram melhores. Violentos, estúpidos ou ignorantes não sabem que nas melhores democracias as leis se fazem pelos melhores eleitos e não pelos mais violentos que destruem mais carros e casas.
Nunca houve de minha lembrança, em Itália, tanta manifestação popular e sindical contra um governo como no de Berlusconi. Não sei se foram 8.000 ou 10.000 greves por ano, 85% por razões políticas. Parece-me que esse governo bateu o record em falimento de empresas, na criação de novos postos de trabalho e na redução do desemprego de 9% para 7%, precisamente ao contrario da maioria europeia. Berlusconi, partindo quase do nada, tornou-se o homem mais rico de Itália, com uma fortuna calculada em 11 biliões de dólares, ao 29º posto mundial, porque sempre foi um criativo com olhos no futuro, antecipando-se com as primeiras respostas às necessidades futuras.
No Governo rodeou-se de pessoas inteligentes com olhos no futuro que se orientaram para a globalização aproveitando-a no que tem de melhor em vez de a contrariar, como fez a esquerda sempre à procura do populismo da rua. A reforma do ensino seguiu precisamente o que eu sempre defendi: o inglês como segunda língua a começar da escola pré-primária de forma que ao terminarem os estudos estão prontos a trabalhar em qualquer parte do mundo ou numa Itália com relações com o mundo. Apesar da oposição dos no-global no G8, do milhão de manifestantes das ruas manipulados pelos sindicatos da oposição, das diversas guerrilhas urbanas e atentados terroristas dos anarquistas continuou com a sua política de mobilidade económica que deu os seus resultados no essencial: aumento de postos de trabalho e redução do desemprego apesar dos falimentos porque estes fazem parte dos danos colaterais da mobilidade que caracteriza a economia de um futuro global em contínua evolução sempre mais rápida e com mais necessidade de adaptação.
Berlusconi, sempre com olhos no futuro, fala já do que se espera para 2018 e como prevenir o pior: mais 2 biliões onde actualmente vivem 4 biliões na miséria e morrem 20.000 por dia de fome. Com a globalização da informação em breve saberão que estarão melhor numa prisão italiana, (com a TV a pagamento dada pelo ex-ministro da justiça Fassino), que a morrerem de fome. Se os ricos não criam melhores condições de vida onde hoje morrem de fome invadirão os ricos e dedicar-se-ão à criminalidade quando não encontram emprego.
Todos os que se podem permitir de ler isto pertencem a cerca de 1% de privilegiados. Muitos pensarão que os ricos como Berlusconi têm mais obrigação de dar aos pobres. Eu penso que a riqueza dos milionários capitalistas em geral nasce de melhor serviço e acaba por ser melhor investida do que muitos governos. Essa riqueza está quase sempre em bolsa aumentado o valor na medida em que é bem utilizada. Teoricamente cada um pode investir as suas economias nessas empresas. Na prática há muitas vigarices e quem não conhece bem os mecanismos e riscos pode perder tudo. Mas muito pior se passa naqueles regimes em que os ricos já nascem com fortunas hereditárias astronómicas e próprio onde há mais miséria geral. E pior ainda são os herdeiros de petróleo, ou que o conquistaram com a morte de opositores como Saddam e o usam para financiar o terrorismo.
Imagino um governo mundial com mais impostos para quem tem muito e o usa mal, uma justiça sem fronteiras que aplique elevadas multas e sequestro dos bens para quem causa danos globais.

68,69...g8... 2005...2006...200018...violência, Berlusconi e economia do futuro
Gato, Berlusconi, Bush, fome e futuro global Um gato que morreu na Alemanha com medo de ter sido contaminado da aviária, o discurso de Berlusconi nos USA e o discurso de Bush na Índia foram os temas mais importantes Segunda a informação em Itália.
(Pires+Portugal+ em 2006-03-02 03:18:59)

Iraque, informação, verdades e interpretações Comentários contracorrente de opiniões muito populistas e das meias verdades muito populares.
(Pires+Portugal+ em 2006-02-28 08:12:53)

Estratégias de manipulação da opinião pública e da sociedade Estratégias e técnicas para a manipulação da opinião pública e da sociedade
(pjp em 2006-02-26 05:15:02)

Pena de morte nos USA, torturas no Iraque e França, vistos de Itália Pena de morte nos USA, “torturas” de americanos no Iraque ou imagens de pontapés de soldados ingleses são vistos com lentes de aumento em Itália, deformadas e manipuladas para mostrarem a barbaridade “ocidental”. Se uma banda de isl&a
(Pires+Portugal+ em 2006-02-22 09:33:48)

Informação ou deformação “ocidental” e islâmica? Auto-censura, hipocrisia, cobardia ou diplomacia?
(Pires+Portugal+ em 2006-02-19 09:19:48)




Guantánamo: ONU condena EUA e pede encerramento da prisão Afinal são mesmo torturadores. A Onu reconheceu a tortura na prisão de Guantánamo
(glv em 2006-02-13 16:14:03)

Campanha pela Paz e Não-Violência Se acreditas nos valores da Paz e Não-Violência, chegou então a tua oportunidade para poderes lutar e fazer algo efectivo por eles.
(GAIA em 2006-02-13 03:29:16)


A civilidade de alguns árabes e a hipocrisia de outros “ocidentais” O egipsiano Magdi Allam critica os extremistas islâmicos que decretaram a morte dos autores das “caricaturas satânicas"...
(Pires+Portugal+ em 2006-02-07 08:31:49)



Liga Árabe Européia responde com desenhos 'anti-semitas' AEL [Arab-European League] launched Freedom of Speech Campaign: How consistent is Europe with freedom? http://www.arabeuropean.org
(Liberdade de Expressão em 2006-02-07 00:08:25)



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Sátira satânica, opinião, crença, violência, morte e ética para um futuro global A pena de morte contra a sátira, opiniões e crenças existiu na Idade Média da parte dos católicos com tribunais religiosos, no tempo de Hitler ...no comunismo ... no tempo de Saddam ... mas hoje é pior da parte da
(Pires+Portugal+ em 2006-02-06 04:06:14)


Sátira ao Islão: liberdade, censura, civilidade ou cobardia? Umas caricaturas consideradas ofensivas para o Islão provocaram violência, crise diplomática mundial, manifestações, decretos de morte da maior autoridade religiosa do Islão extremista, ...
(Pires+Portugal+ em 2006-02-04 08:54:30)

Extremismo Religioso contra Liberdade de Expressão Extremistas religiosos ensandecem com imagens caricaturais de maomé. Estados Unidos "compreendem a revolta" ...
(liberdade em 2006-02-03 19:13:56)

Como o capitalismo afeta a liberdade? http://www.geocities.com/projetoperiferia2/secB4.htm
(FAQ em 2006-02-03 15:46:09)

Bill Gates, new-global e no-global Bill Gates investe num futuro new-global. Os no-global mais reaccionários, estúpidos e ignorantes combatem os benefícios da globalização.
(Pires+Portugal+ em 2006-02-03 13:26:24)



Sátira ao islão: Liberdade ou censura? (Sondagem de opinião) Justo ou profanação religiosa indigna? Liberdade ou censura?
(Pires+Portugal+ em 2006-02-03 07:31:09)


Fome, Bill Gates, Berlusconi, Bush, no-global, new-global Sempre morreram de fome mas com a globalização ... disturbam mais as consciências dos ricos, ... terroristas islâmicos e criminosos unem-se aos no-globais ocidentais contra os ricos
(Pires+Portugal+ em 2006-01-28 09:41:20)

Em tempos de guerra, associações ambientalistas assinalam Dia Mundial de Mahatma Gandhi no Porto No dia 30 de Janeiro assinala-se, um pouco por todo o mundo, o Dia Mundial de Mahatma Gandhi em homenagem a esse grande mentor da Paz e Não-Violência, cujo assassinato ocorreu justamente nesse mesmo dia do ano de 1948.
(GAIA em 2006-01-28 01:40:28)



anarquismo coletivista - o bakuninismo / parte 1 O Bakuninismo: elementos de um programa anarquista ANARQUISMO COLETIVISTA - O BAKUNINISMO - Parte 01
(Coletivo Pró-Organização Anarquista em Goiás em 2006-01-27 10:30:26)

Anarquismo e Religião A grosso modo, conforme o movimento histórico anarquista dos últimos duzentos anos, anarquismo pode ser definido como uma ideologia política e social que acredita que os grupos humanos poderiam e deveriam existir sem autoridade instit
(Nicolas Walter em 2006-01-27 09:06:39)


Indústria nos cárceres dos EUA: negócio lucrativo ou nova forma de escravidão? “nenhuma sociedade na história da humanidade jamais encarcerou tantos cidadãos”
(... em 2006-01-11 10:37:36)



As prisões secretas da CIA A CIA foi exposta por dirigir uma rede de prisões secretas no exterior.
(As prisões secretas da CIA em 2005-11-19 12:15:01)


Violência, informação, justiça, polícia, heróis e criminosos vistos de um Neo-Machiavelli Em certa informação sou o único a dizer que um outro mundo é possível mas não com os falidos a destruírem o fruto dos mais honestos contribuintes.
(Pires+Portugal+ em 2005-11-15 03:04:08)


Violência global, justiça e hipocrisia local Os violentos que estão destruindo a França são quase todos filhos da globalização do trabalho
(Pires+Portugal+ em 2005-11-13 01:45:31)

Esperanto, língua global e minorias linguísticas O Esperanto falhou como tentativa de linguagem global mas o seu objectivo de criar uma forma de comunicação universal parece-me cada vez mais importante para um futuro melhor.
(Pires+Portugal em 2005-10-05 00:45:22)

o “ministro da terrorista” e os aplausos contra a estupidez italiana Penso que a transformar em heróis personalidades que causaram danos injustificados a inocentes tem um efeito sugestivo muito perigoso. Penso mesmo que a deformação da informação é muito mais perigosa do que filmes
(PIRES+PORTUGAL em 2004-03-27 06:28:53)
As maçãs a apodrecer, os mortos de fome e Neo-arte, Neo-cinema, Neo-cultura...
Da minha janela vejo um enorme terreno no centro de uma aldeia por cultivar. No centro está uma macieira cheia de maçãs que ninguém aproveita. Todos os dias vejo aquela fruta a apodrecer e aquele terreno por cultivar e penso nas milhares de crianças a morrer de fome e como ficariam contentes com uma daquelas maçãs a apodrecer.
Eu não posso mandar uma daquelas maçãs para as crianças que morrem de fome. Mas aquelas dezenas ou centenas de kg de fruta poderiam ser comidos pela gente da aldeia em vez de se importar fruta de longe que custa socialmente pela poluição do transporte, armazenagem e conservação. Se a gente desta aldeia comesse esta fruta em vez da outra importada de longe, podia pagar menos e comer melhor, (porque a fruta sem ser conservada artificialmente tem mais vitaminas).
Por outro lado, aquela fruta economizada podia alimentar os que morrem de fome. Em vez de utilizar-se o custo do transporte para trazer aquela fruta para aqui podia utilizar-se para levá-la onde morrem de fome.
Neste caso concreto imaginei os voluntários desta aldeia a colher aquela fruta, dar alguma ao proprietário do terreno que assim beneficiava mais de deixá-la apodrecer, os voluntários podia levar alguma para as próprias casas ou oferecer aos amigos, outra seria dada aos pobres e outra posta á disposição de todos com oferta livre, convidando as pessoas mais ricas a oferecer o justo preço e as mais pobres a darem só se quisessem.
Falei com um conselheiro da administração pública mas respondeu-me que cada um fazia o que queria do que era seu e não podiam interferir na propriedade privada.
Imaginei-me a falar com o pároco, sugerir-lhe de anunciar na missa um mercado antes e depois de cada missa com estas maçãs e outras doações do que não serve para serem doadas ou vendidas aos mais pobres.
Por 3 vezes lhe bati à porta mas não o encontrei. Vou meter-lhe uma carta na caixa do correio.
Estava com estes pensamentos e vi na TV um artista-filósofo a falar de ideias muito simpáticas e outras menos: a arte ao serviço da convivência global, uma cidade dos artistas que usava todos os objectos possíveis e imaginários para os transformar em arte, recebe artistas de todo o mundo que depois levam esse fogo artístico para as comunidades onde vivem. Mas no final falou do objecto pessoal, da simples chave com a forma original criada individualmente e que se transforma em arte terminando num museu, ... os museus estão a tornar-se catedrais da cultura no Ocidente e segundo ele um dia em todo o mundo ...
Pensei nos que morrem de fome, nas catedrais de chaves e outras inutilidades dos ricos a ocupar terrenos onde se poderiam cultivar alimentos para morrerem menos de fome... Pensei no político italiano mais famoso pelas suas batalhas pela “sua” cultura e que eu considero a vergonha da velha cultura italiana: com os nossos impostos ou do Afeganistão foi de helicóptero a ver os buracos das estátuas destruídas pelos talibãs ... O custo comercial de uma viagem de helicóptero é de cerca de €1000 à hora e eu penso nas milhares de crianças que poderiam viver com o custo desta viagem para nada ... ou para quê?
Quantas toneladas de alimentos que vão para o lixo em Itália se poderiam transportar para os que morrem de fome só com o custa desta viagem do chamado embaixador da cultura italiana? Não precisaremos de outros embaixadores de outras culturas?
Imagino-me a dirigir um programa de TV com uma montagem de imagens de crianças que morrem de fome, do que custaria salvá-las e do que custou aquela sua viagem perguntando-lhe depois o resultado e se o mundo não precisa de outra cultura diferente da sua...
Imagino uma escola de Neo-arte de exercício da criatividade orientada para as prioridades da sociedade actual e futura.
Imagino-me a colaborar com um bom realizador de cinema a fazer um filme que revolucione esta cultura de elites para elites, esta justiça de elites ao serviço de elites da criminalidade, corrupção e terrorismo. Imagino-me no papel de um profeta maldito que defende a pena de morte quando com a morte de um assassino se salvariam 10, 100, 1000 inocentes e se melhoraria a vida de milhões ... Defende a tortura quando com a tortura de um torturador se salvariam da tortura e sofrimento milhares ou milhões de inocentes ... Defende que nem todas as guerras são justas mas nem todas são injustas ... a mais justa é contra a criminalidade ... a menos justa é a que sacrifica mais inocentes com menos resultados ...
Imagino-me num tribunal a deitar as calças abaixo e mijar nos juizes com um jacto semelhante ao de Chaplin no filme “Um Rei a Nova Yorque” ... ou virar o traseiro e deitar um jacto como o de Chaplin ... mas não de água ... de merda ... Como forma de protesto contra a merda de justiça ...
Folheio “La Stampa”, (2006-09-09) e leio o caso de um libanês preso por abuso da profissão de dentista. Diz ser diplomado mas não pode ir a buscar o diploma por causa da guerra. No seu carro de luxo tem toda a aparelhagem essencial para exercer a profissão de dentista ambulante dos ciganos que não têm assistência social para poderem ir aos hospitais. Os clientes defendem-no por fazer bom trabalho por pouco preço. A mulher pede para lhe devolverem a aparelhagem que ainda não está paga e é o seu meio de vida. Com milhões de casos de grades criminosos que são arquivados por falta de tempo devem próprio ocupar-se deste ilegal que com as suas ilegalidades parece fazer mais bem do que mal?
Mais adiante no mesmo jornal vejo a foto do comunista presidente da Câmara de Itália Bertinotti a abraçar o realizador português Manuel de Oliveira no festival de cinema de Veneza. Ontem escutei na TV, (Blog, Rai3, 20.15), um italiano a fazer-lhe elogios com uma linguagem filosófica que não percebi nada. Penso que há umas elites de premiados e críticos de um cinema nas nuvens, longe do quotidiano e da linguagem comum. De Manuel Oliveira recordo muitos prémios internacionais e nenhum filme de êxito de popularidade. Do mais popular que não recordo o nome mas recordo das críticas de que era uma banal história de amor com postais ilustrados das margens do Douro ...outros diziam que era uma obra prima muito enfadonha de ver até ao fim. Recordo uma cena de um dos seus filmes na TV em que se sentia um monólogo ou diálogo por uns 5 minutos de pessoas longínquas numa paisagem banal. Não sei se aquela ausência de imagens seria um efeito estético para realçar o sentido das palavras mas sei que aquilo foi para mi uma impressão de um cinema ao contrário do que eu imagino: imagem e som para transmitir ideias, emoções e sentimentos. De Manuel Oliveira recordo uma história com Mário Soares e “Cahiers du Cinema” ...